segunda-feira, 26 de novembro de 2012

Jornalistas do RN têm reajuste de 8,1% sobre o piso

Os jornalistas do RN e os patrões chegaram a um acordo salarial sexta-feira passada na Superintendência Regional do Trabalho (SRT). Após três rodadas de negociação, os jornalistas que ganham o piso receberão um reajuste de 8,1% e os trabalhadores que já ganham acima do piso terão um aumento salarial de 6%. Como a inflação do período foi de 5,4%, toda a categoria terá um aumento real.

Apesar do reajuste, o piso salarial do jornalistas do RN ainda é muito baixo. Com o acordo, saímos da última colocação nacional para a penúltima. Pior que o piso do RN, hoje em R$ 1.135,05, somente o de Sergipe, que paga R$ 1.103,37.

A título de comparação, em 2011 os jornalistas que recebem acima do piso tiveram um reajuste abaixo da inflação.  Logo, para a categoria, o acordo deste ano foi melhor.

Nesta segunda-feira haverá audiência pública para debater o piso salarial dos jornalistas do RN. Independente do acordo, lugar de jornalista é na Assembleia Legislativa hoje às 19h30.

Lugar de jornalista HOJE é na Assembleia Legislativa

Os jornalistas do RN têm um encontro hoje na Assembleia Legislativa. A partir das 19h30, uma audiência pública proposta pelo deputado estadual Fernando Mineiro (PT) vai discutir o piso dos jornalistas do RN, que até novembro deste ano era o PIOR DO BRASIL. Em 2012, iniciamos uma Campanha Salarial desmobilizados e ao longo das negociações com os patrões evoluímos.

Mas foi uma evolução pequena se comparada com as reivindicações e a distância entre o que os donos dos veículos de comunicação nos pagam e o que merecem os trabalhadores. Apesar da negociação fechada em 8,1% sobre o piso e 6% para quem recebe acima do piso (índices que representam ganhos reais), os jornalistas precisam debater a relação entre os trabalhadores e os patrões.Após o acordo, recebemos hoje o 2º PIOR PISO DO BRASIL, com R$ 1.135,05, superando apenas Sergipe.

A luta por melhores condições de trabalho e salários não terminou com o acordo fechado pelo Sindicato e os patrões.  O caminho é longo e a próxima etapa dessa batalha é na Assembleia Legislativa. Lugar de jornalista HOJE é na AL.

sexta-feira, 23 de novembro de 2012

Mossoró se organiza para assistir audiência pública na próxima segunda-feira



O movimento dos jornalistas do Rio Grande do Norte vai ganhando peso a cada dia. Vários trabalhadores de Mossoró estão se organizando em favor da categoria. Abaixo, mensagem publicada no facebook da campanha 'Sai do Chão Jornalista do RN':

A categoria está se articulando, por iniciativa das jornalistas Talita Lucena e Iuska Freire, para um encontro na Câmara Municipal de Mossoró. O objetivo é assistir a Audiência Pública sobre o piso dos jornalistas, promovida pela Assembleia Legislativa do Estado, na próxima segunda-feira, 26, às 19h30.

Colegas de Mossoró e região, participem!

Terceira rodada de negociação começa ao meio-dia

Daqui a pouco, a partir das 12h, os jornalistas voltam a se reunir com os patrões para discutir o reajuste da categoria. Até o momento os donos dos veículos de comunicação ofereceram apenas 5%, valor VERGONHOSAMENTE abaixo da inflação do período (5,40%). Essa será a terceira rodada de negociação.

Na próxima segunda-feira haverá audiência pública na Assembleia Legislativa a partir das 19h30 para debater o piso dos jornalistas. A convocação foi feita pelo deputado estadual Fernando Mineiro (PT). 

terça-feira, 20 de novembro de 2012

Fernando Mineiro (PT) convoca audiência pública para debater o PIOR PISO DO BRASIL

O deputado estadual Fernando Mineiro (PT) requereu junto à mesa diretora da Assembleia Legislativa uma audiência pública para debater o piso salarial dos Jornalistas do Rio Grande do Norte, hoje o mais baixo do Brasil. A audiência será realizada dia 26 de novembro, segunda-feira, às 19h30, no auditório da Casa.

Além do deputado, foram convidados para compor a mesa principal a presidente do Sindicato dos Jornalistas do Rio Grande do Norte - SINDJORN, Nelly Carlos; o presidente do Sindicato das Empresas de Rádio e Televisão do Rio Grande do Norte, Djalma Correa; e o superintendente da Delegacia Regional do Trabalho do Rio Grande do Norte -  DRT/RN, Jonny Araújo da Costa.

A audiência pública é mais uma forma da categoria mostrar que está unida e deseja um reajuste decente dos patrões. Até o momento, em duas rodadas de negociação, os donos dos veículos de comunicação apresentaram apenas 5% de reajuste, índice considerado VERGONHOSO pelos jornalistas já que está abaixo inclusive do percentual da inflação estipulado no período (5,40%).

Negociação

Na próxima sexta-feira, 23 de novembro, os trabalhadores e os patrões voltam a se encontrar em nova rodada de negociação a partir das 12h ma superintendência regional do Trabalho.


terça-feira, 13 de novembro de 2012

Patrões provocam categoria e mantém ESMOLA de 5% para os jornalistas

Os donos de veículos de comunicação não aumentaram em nada a proposta INDECENTE da primeira rodada de negociação e mantiveram 5% de reajuste. O índice é VERGONHOSAMENTE abaixo da inflação do período (5,40%) e equivale a um aumento bruto de R$ 55 sobre o piso da categoria, hoje em R$ 1.050, o PIOR DO BRASIL. O reajuste revindicado pelos jornalistas é de 19%. A segunda rodade de negociação aconteceu na manhã desta terça-feira, 13 de novembro, na Superintendência Regional do Trabalho (antiga DRT), na Ribeira.

O Sindicato rejeitou os 5% e apresentou uma contraproposta com base no que a Assembleia geral dos Jornalistas havia deliberado na segunda-feira. Os patrões ficaram de analisar os novos números apresentados. A nova proposta prevê 16% para quem recebe o piso, 12% para quem ganha entre R$ 1.500 e R$ 2 mil e 8,02% para os que recebem acima de R$ 2 mil. Um novo encontro entre sindicato e patrões foi marcado para 23 de novembro, às 12h, na SRT.

Para explicar a piada de 5%, os patrões afirmaram que as empresas de comunicação estão deficitárias. O diretor da Tribuna do Norte, Ricardo Alves, foi o que mais se posicionou de forma contrária. Segundo ele, o faturamento das empresas da maioria das capitais do país é maior que as do Rio Grande do Norte, daí a disparida dos salários. Porém, nenhum dos empresários apresentou a planilha de custos dos veículos confirmando os argumentos. "Algumas empresas estão demitindo e um jornal já fechou", disse fazendo referência ao recente fechamento do Diário de Natal.

O presidente do Sindicato patronal, Djalma Correa, lembrou que a maioria dos veículos já paga mais que o piso. "Estamos defendendo as menores empresas que podem quebrar com o reajuste que o Sindicato está propondo. Também estamos aqui representando uma categoria. Admitimos que os salários são baixos, mas temos que encontrar uma alternativa", afirmou.

O Sindicato dos Jornalistas lamentou a postura dos patrões. O diretor do Sindjorn, Rudson Pinheiro, que apresentou a origem dos números calculados com base nos índices de inflação, no PIB e nas perdas acumuladas da categoria, afirmou que se o momento econômico não é bom, que os empresários cortem dos lucros e não do salário dos jornalistas, que vêm se sacrificando pelas empresas há vários anos. "O jornalista do RN recebe o pior piso do Brasil e não é de hoje. Só os jornalistas se sacrificam pelas empresas, mas empresas nunca se sacrificam pelos trabalhadores. Vocês não oferecem sequer a inflação. Por isso tenho direito de achar que esses 5% de reajuste é uma provocação", desabafou.

A presidente do Sindjorn, Nelly Carlos, também criticou de forma dura os patrões e reafirmou que o sacrifício também tem que partir dos donos dos veículos. "Vocês vieram aqui com o mesmo discurso dos anos anteriores. Vocês têm que mudar esse discurso porque a categoria não aguenta mais. Esse sacrifício não pode partir só dos jornalistas, mas das empresas também", disse.  

Com a nova rodade de negociação marcada para 23 de novembro, os jornalistas deverão se reunir em nova Assembleia Geral para analisar a contraproposta e deliberar sobre a Campanha Salarial. Nos próximos dias o Sindicato vai passar nas redações para convocar a categoria.